Friday, October 16, 2009

Consumismo.

Os velhos sofistas diziam.
Os velhos humanistas diziam.
O Homem é a medida de todas as coisas.
Hoje tudo foi invertido.
O homem não é mais a medida de nada.
As coisas são a medida do homem.
Qual a medida de um ser humano?
Não importa.
Somos agora sujeitos das vitrines, do mercado, das tendências.
O nosso bem-estar não mais é o fim de todas as ações.
Apenas gerar capital justifica investir.
Desumanizados... Somos apenas máquinas que movimentam economias através do consumo.
Nossos sonhos, aptidões, personalidades, esperanças não importam...
Importa o que temos.
A medida do homem passou a ser sua posse de capital.
Números.
Nossa infinita possibilidade, criatividade, sensibilidade, amabilidade, tudo foi trocado por números.
Cifras guardadas em bancos.
São elas que importam...
Corações? De nada servem...
Não se guardam em contas ou poupanças, não fazem operações financeiras.
Religiões?
Crenças?
Ideologias?
Apenas aquelas que não sobreponham ou contradigam a supremacia do capital...
Não existem mais vidas...
Existem filas para a próxima compra
E a espera entre a última e a próxima fila...
Preenchida por formas de se vender para obter capital...
Seja vendendo suor, tempo, sangue ou a própria vida...
Vida?
Desfalece em último suspiro desejando TER.

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